quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Post Scriptum da Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal

Depois de me dares o pedacinho de lua com espinafres, peço-te ainda, e porque fui um bom menino este ano, que vistas o teu fatinho vermelho e o barretinho vermelho, despejes um litro ou dois de álcool ou gasolina pela cabeça abaixo, e acendas um fósforo. Só para ver o que acontece.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal

Este ano apenas peço um pedacinho de lua com espinafres.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Desligar Ligado Com Gaze

Narizes empinados num folclore maquiavélico.
Para trás. Para trás. Para trás.
É a nuca que vê o vómito risonho que de dentro vai entrando para fora.
Carrosseis de girassóis lilazes rodopiam por cima de um cadáver que morreu vivendo a rir a chorar, sem nunca sequer ter tido a cobardia de enfiar o que quer que fosse pela frente ou por trás de qualquer nariz empinado.

(Por trás e para trás. Não vejo um caralho. Garanhões, mas daqueles que não são animais, e flutuam e não são transparentes, mas mesmo assim não se tocam porque quando andam já tocam em tudo o que passa andando.)

É verde.
Termino lambendo as arestas da bola baça que me atrofia o escroto.
Fim.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Relatório de Contas

Se a ditadura é um facto, a revolução é um direito.

Hoje, no mundo em que vivemos, somos alvo de um preenchimento furtivo da nossa atenção, para algo objectivamente errado, vindo de algo que precisa urgentemente de um shot de subjectividade anti-conceptualista, levando-nos ao fantochismo ou ao efeito marioneta.

Até aqui nada de mal. Quem diz o contrário é doido.

Pedaços de terra que se compram a alguém. Direitos maiores para pessoas mais importantes, e direitos menores para pessoas menos importantes. E ninguém se importa que se classifiquem as pessoas por valores hierárquicos de importância. Eu também não. Aliás, até me sinto dormente. Todos se vendem. Mas isso é normal e respeitável, desde que o preço seja alto.

Comandados por conceitos estáticos, estéreis de valores naturais, dirigidos de, e para os que compram pessoas. O culto do ter esmagou o culto do ser. Quero que me paguem por lerem o que escrevo. Base de licitação barata.

A solução é mandar para o caralho. Desligando o caralho de qualquer alvo de classificação de grotesco ou belo. É só mandar para o caralho.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A P.M.A.

As regras que em nada contribuem para o desenvolvimento positivo das relações humanas são por si estúpidas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Hail To The Chief

Uma caixa onde vivem formigas. Quatro paredes e um tecto de vidro, para permitir observação. Tudo observado e tudo controlado. Dentro desta caixa de vidro há muitas caixinhas onde vivem formigas. E dentro de cada caixinha quem reina é outra caixinha. As formigas só se limitam a seguir as ordens que a caixinha que manda nas suas caixinhas lhes diz. As formigas são muito felizes. Tudo funciona em harmonia neste reinado das caixinhas. As formigas comem, bebem, cagam, mijam, fodem e dormem, tal como a caixinha lhe diz para fazerem. É uma alegria.
Na parte de fora da caixa de vidro está um gajo com uma lupa, pronto para, sempre que quiser, ampliar a luz do sol que entra na sua caixa maior, e queimar umas formigas. Quem lhe diz para o fazer é a caixinha que também manda na sua caixa maior.

Tudo funciona.
Todos são felizes.
Comem, bebem, cagam, mijam, fodem e dormem.
É uma alegria.

(Tudo observado, tudo controlado)

sábado, 1 de novembro de 2008

Bolas de Sabão

(...)o que acontece como purga ou catarse do que senti. É riso ou choro. Toca sem tocar e fala sem falar.
(Som de um acordeão tocado por Apolo)
Nunca me vão levar a sério. No entanto vou mudar o mundo.

Iluminações

Bardamerda tem uma filha
Que se estava enamorando
Rodapeidos foi pedi-la
Bardamerda - Estou cagando!